terça-feira, 4 de agosto de 2009

Ode a São Marcos (parte 1)

Aqui começa a Ode a São Marcos, Palmeirense de nascença e costumes.


Um grande monstro de cerca de um metro e noventa e seis centímetros comummente temido pelos adversários. Assim se define Marcos Roberto Silveira Reis, natural de Oriente, por muitos tido como o melhor goleiro que já defendeu as metas alvi-verdes de Parque Antártica. Quase uma unanimidade mundo do futebol, patrimônio histórico envolto pela mística da camisa 1 ou, por vezes, pela sua característica 12 que lhe rendeu um título continental no final da década de 90. Mais que uma figura de adoração dos adeptos da Mancha Verde, T.U.P ou seja lá qual organização de apaixonados por um time, Marcos é ídolo nacional.

Contratado no início dos anos 90 pela Sociedade Esportiva Palmeiras a troco de doze pares de chuteiras ao Lençoense, a carreira de Marcos sempre fora marcada por altos (este sempre mais relevantes que o fazem ser simplesmente Marcos) e baixos. Lhe fora dada a chance de substituir Velloso - arqueiro já consagrado nacionalmente - e Marcos não deixou a desejar. Tornou-se o anjo da guarda palmeirense, lacrando herméticamente suas balizas. Com defesas milagrosas ajudou seu time à conquista da Copa Libertadores 1999, sendo um dos títulos mais importantes de sua carreira.

Mas sua carreira não fora feito só de números. Marcos é de histórias, lances e detalhes que o caracterizam definitivamente como herói palmeirense. Perante suas grandes atuações, em especial diante do arqui-rival Corinthians nas quartas-de-final, a finalíssima do torneio fora só mais um mero detalhe. Importante, aliás. Até então fora a maior volta olímpica de um ídolo precoce, de dimensões agora continentais.

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Muitos palmeirenses prefeririam um texto que se acabasse aqui. Mas como diz a máxima proferida em diversas línguas em todos os cantos do mundo "o show tem que continuar". E continuou, justamente quando os olhos do mundo se voltaram ao embate entre Palmeiras e Manchester United, que teve vitória inglesa. Mais que isso: o herói palmeirense - de carne e ossos como qualquer um - falhou. Vieram as críticas e ecoaram pelos quatro cantos de São Paulo, por todos os setores do Palestra Itália e por toda a extensão da Turiassu. Mas o ídolo preparava em silêncio, entre cafés e orações solitárias em sua pequena área de goleiro, sua digna e suntuosa volta por cima, protagonista (quiçá também antagonista) na semifinal da Libertadores. O acaso escolhera, novamente diante do Sport Club Corinthians Paulista.

(em breve, a segunda parte)

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